Utilização de Bioclastos na interpretação de Processos Sedimentares na região Estuarina do Rio Jacuípe, Litoral Norte da Bahia

Fazendo Educação




ISBN: 978-65-6009-057-6

DOI: 10.5281/zenodo.10616597

Descrição: O presente trabalho teve como objetivo analisar os processos de sedimentação, transporte e energia hidrodinâmica atuantes na região estuarina do rio Jacuípe, Litoral Norte da Bahia, utilizando-se, para este fim, os componentes biogênicos do sedimento. Foram realizadas duas campanhas amostrais, uma na estação seca e outra na estação chuvosa, obtendo-se um total de 32 amostras de sedimento superficial de fundo, por campanha amostral, ao longo do canal principal do estuário, por meio de dragagem. Após lavagem e secagem das amostras, os 300 primeiros grãos bioclásticos foram submetidos a triagem, identificação e descrição de seus aspectos tafonômicos (coloração, desgaste e arredondamento), sendo parte das amostras submetidas a análise da fauna de foraminíferos, teor de carbonato e a análise granulométrica. Os resultados obtidos foram submetidos aos tratamentos estatísticos de abundância (absoluta e relativa), testes de Spearmann e MannWhitney e as análises de regressão simples e múltipla. Constatou-se o predomínio das categorias biogênicas madeira, alga, foraminífero bentônico e tecameba, sendo a distribuição dos grãos influenciada pela ação das correntes marinhas e fluviais. Grãos como algas calcárias, Halimeda, briozoários, cnidários, poliquetas, caranguejo, craca, gastrópodo, bivalve e escafópodo tendem a se concentrar nas regiões próximas a desembocadura do estuário, enquanto fragmentos de diatomácea, tecameba e foraminíferos planctônicos, tendem a se concentrar na região central do estuário e as demais categorias apresentaram distribuição variada. A dominância de grãos sem arredondamento, com abrasão e de coloração branca em ambas as estações, indica um incremento constante de novos grãos ao estuário, sendo o transporte dos mesmos ocorrendo preferencialmente via arrasto. As testas de foraminíferos mostraram-se bem preservadas (grãos naturais) e com predomínio da coloração branca, indicando um transporte por suspensão das mesmas. Os valores do teor de carbonato indicam uma maior contribuição siliciclástica ao estuário e a granulometria predominante é a areia fina. Com base nos resultados obtidos, pode-se assim, descrever o estuário do rio Jacuípe como sendo um estuário de sedimentação recente (dominância de grãos atuais), com o transporte de grãos ocorrendo preferencialmente via arrasto (dominância de grãos abrasados) e por uma baixa energia hidrodinâmica em ambas as estações (dominância da fração areia fina), não sendo possível relacionar qual parâmetro ambiental influencia a distribuição dos bioclastos.

Autores: Marcus Vinicius Peralva Santos; Altair de Jesus Machado; Simone Souza de Moraes e Maili Correia Campos

Capítulos
Capítulo 1
INTRODUÇÃO

Capítulo 2
APLICABILIDADE DOS ESTUDOS SOBRE COMPONENTES BIOGÊNICOS

Capítulo 3
EMPREGO DOS COMPONENTES BIOGÊNICOS EM AMBIENTES ESTUARINOS

Capítulo 4
ÁREA DE ESTUDO

Capítulo 5
METODOLOGIA

Capítulo 6
RESULTADOS

Capítulo 7
DISCUSSÃO

Capítulo 8
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Capítulo 9
REFERÊNCIAS

APÊNDICES

Os autores


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